"Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim" Mahatma Gandhi
terça-feira, 28 de junho de 2011
CONTISTÓRIAS DO NOSSO MUNDO
Este título sugestivo remete-nos para continentes e histórias! Não será?
Os continentes são formados por países que têm as suas próprias histórias, não é?
É isso mesmo! Contistórias é o nome atribuído ao painel que destaca os países de onde são oriundos os alunos que frequentaram as aulas de PLNM (Português Língua Não Materna), com a Sra. professora Isabel Martins.
E as histórias?
Bem, as histórias apresentadas no painel, feito em papel cartolina, resultam de uma pesquisa elaborada por esses alunos, sobre uma história interessante, lenda ou conto tradicional, do país de cada um, de onde se extrai quase sempre um fundamento real.
Os alunos fizeram a recriação das histórias do seu país por palavras suas, contando sempre com a ajuda, presteza e apoio da Sra professora de PLNM, acima referida.
Foi um trabalho moroso, é certo, mas valeu a pena, uma vez que estes alunos, que estão em fase de aprendizagem do português, desenvolveram competências relacionadas com a pesquisa de informações, nos livros e na net, de comunicação e expressão escrita.
E o resultado esteve à vista com a exposição do painel Contistórias no átrio do CRE (Centro de Recursos), desde a penúltima semana de aulas, até final do ano lectivo.
Terminemos, então, esta história noticiosa com duas histórias com sabor a Cabo Verde e Camarões, pitorescas, por sinal, a 1ª, dos alunos Rosemary Andrade, 9º2 e Wagner Moreira, 9º8; a 2ª, do aluno Fred Nqui, do 7º 6.
«A Vaca, a cabra e o cão
No tempo em que os animais falavam, uma vaca, uma cabra e um cão decidiram apanhar um autocarro em Porto Novo e atravessar a ilha de Santo Antão, até à Ribeira Grande. Combinaram o preço da viagem com o motorista e partiram. Quando chegaram ao destino, a vaca, que tinha o dinheiro certo, pagou e foi-se embora tranquilamente. A cabra, um pouco envergonhada, lembrou-se que não trazia dinheiro consigo, mas prometeu ao motorista pagar-lhe, quando o voltasse a encontrar. O cão não tinha dinheiro trocado e, como o motorista não tinha troco para lhe dar, ficou com o dinheiro todo e combinaram que o motorista lhe dava o troco, quando o voltasse a ver. É por essa razão que, até aos dias de hoje, sempre que passa um autocarro, a vaca fica indiferente à sua passagem, já que tem a sua consciência tranquila. Por outro lado, a cabra foge sempre, porque sabe que deve dinheiro ao motorista e o cão, coitado, corre atrás do autocarro e ladra-lhe furiosamente, porque nunca recuperou o seu troco.»
Conto Tradicional de Cabo Verde;
«Um dia, um lavrador, apercebendo-se que a sua morte estava próxima, chamou os seus filhos e falou-lhes, sem testemunhas, que deviam vender a herdade. Disse-lhes que havia um tesouro escondido na herdade, mas que não sabia o sítio onde ele estava. Disse-lhes, então: - Tenham coragem e encontrem-no. Cavem os campos e não deixem nenhum espaço de terra onde caiba uma mão e ela se possa mexer. Então, o pai e os filhos reviraram os campos, de uma ponta à outra, não deixando nenhum espaço por cavar. Como não encontraram nenhum tesouro, os filhos ficaram muito tristes e, ao mesmo tempo, cansados e felizes, porque toda a herdade estava cavada e bem tratada. Finalmente, o seu pai disse-lhes: - Meus filhos, o maior tesouro que pode haver é o nosso trabalho e o fruto que esse trabalho nos dá!»
História tradicional dos Camarões
Parabéns aos alunos e à Sra professora Isabel Martins!
A Coordenação da BEAEVJ
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