Maria Iva Delgado, viúva de Humberto Delgado, uma figura que reporta a um episódio marcante e indescritível, negro, da história do nosso país, morreu esta quinta-feira, aos 105 anos Maria Iva Delgado.
Filha do compositor modernista Carlos de Andrade, nasceu em Leiria a 13 de Maio de 1908 e era herdeira do antigo morgadio da Quinta da Cela-Velha, no concelho de Alcobaça.
Casou-se a 26 de Fevereiro de 1930 com o então tenente piloto-aviador Humberto Delgado, de quem teve três filhos: Humberto Iva, Maria Humberta e Iva Humberta.
Segundo a nota fornecida pela família, em 1958, "temendo embora que a candidatura de seu marido à Presidência da República tivesse graves consequências para o próprio e para a família, [Maria Iva Delgado] apoiou-o com inteira abnegação, tendo participado activamente na mítica campanha eleitoral".
"A sua influência foi depois determinante no sentido de Humberto Delgado pedir asilo político ao Brasil, país onde estiveram juntos pela última vez em 1960. Apesar da sua sensibilidade tradicional de mãe de família, Maria Iva Delgado acabou por ter um papel indiscutivelmente político enquanto mulher e depois viúva do 'General Sem Medo', só tendo autorizado a trasladação dos restos mortais de seu marido para Portugal após a restauração da democracia", refere o texto.
Humberto Delgado foi assassinado por uma brigada da PIDE, chefiada por António Rosa Casaco, no dia 13 de Fevereiro de 1965, perto de Badajoz. A verdadeira história deste assassinato foi contada pelo próprio António Rosa Casaco, atualmente a viver no Brasil sob falsa identidade.
Humberto Delgado foi, entre outras cisas, responsável pela criação dos Transportes Aéreos Portugueses, atualmente designados por TAP.
Humberto Delgado foi assassinado por uma brigada da PIDE, chefiada por António Rosa Casaco, no dia 13 de Fevereiro de 1965, perto de Badajoz. A verdadeira história deste assassinato foi contada pelo próprio António Rosa Casaco, atualmente a viver no Brasil sob falsa identidade.
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